domingo, 16 de março de 2014

Sexy, sem ser vulgar.

Já falei ou tive vontade de falar um bocado de vezes aqui sobre a indignação, a revolta, o asco que me causa a massificação da vulgaridade nas mais famosas canções do nosso belo, singelo e singular país.


Bem, tanta revolta pode ser confundida com puritanismo, com a tradicional defesa da "moral e bons costumes". Pode até ser, vou concordar, que no fim acabe servindo pra isso. No entanto, devo esclarecer, antes tarde do que nunca, que meu motivo é bem outro! Não é defesa da moral e dos bons costumes, é antes uma investida contra a breguice, a falta de estilo, a carência de elegância.


Não, sexo não é assunto proibido, já deixou de ser tabu muito antes de terminar o século passado, quanto mais nesse. Pode falar de sexo, mas tenha estilo! Não seja só mais um pobre de espírito e sem talento que simplesmente arrota um refrão chulo, como já fizeram centenas desde os idos tempos do É o Tchan e até antes (com algum sucesso financeiro, admito, mas dinheiro é o de menos, não?... Não!? Agora fui surpreendido!), faça pelo menos um negócio um pouquinho mais elaborado, tenha uma certa sutileza, preste atenção às letras do Kid Abelha (sim, é Abelha, não o que você pensou antes, mente suja!) que estão povoadas de erotismo disfarçado.

E, pra dar um exemplo claro de alguém que já fez isso, fica pra vocês a música mais elegantemente sexy sem ser vulgar já composta na história da humanidade (entre todas as músicas que eu conheço): "Soneto do teu corpo", do Leoni e do Moska.



2 comentários:

  1. Gostei muito. Pra falar a verdade também não curto o rumo que as coisas tomaram nesta quesito, tudo fica tão mais envolvente quando é dito nas entrelinhas! (:

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  2. Muito verdade, Karol! Fica muito mais interessante!

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