sábado, 2 de abril de 2011

Quanto mais eu conheço as pessoas,

mais confio nos meus livros (cachorros dão muito trabalho). Digo isso porque não paro de me surpreender com a capacidade que a gente tem pra inventar motivos pra separar, desunir. A dinâmica é a seguinte: você cria um grupinho, que tem em comum alguma característica qualquer que você julga importante. Conforme esse grupinho vai crescendo, vocês descobrem que é divertido criar regras pra julgar quem não faz parte dele, ou impedir, por motivos cientificamente fundados, baseados nos clássicos postulados da teoria do jegue, que alguém com algum predicado específico, escolhido conforme a conveniência, não possa fazer parte daquele grupo e, portanto, da sua vida.

Embora pareça, não estou falando especificamente das tribos urbanas, contra as quais não tenho nada (e a favor das quais tenho menos que nada). Falo de quase todos os tipos de associações que o ser humano foi capaz de inventar. De rodinha de amigos na praça a partido político.

Não tenho nada contra que as pessoas se dividam em grupos de interesse comum. O que me incomoda é a atitude fanática e medieval de separar as pessoas em "presta" ou "não presta". Principalmente quando se usam critérios sem nenhuma lógica, como a religião.

Felizmente, tem gente que com sua história de vida me deixa mais tranquilo, sabendo que a sensatez ainda tem lugar em alguns pontos do planeta, como a Tais.

Otimista que sou, acredito que o bom senso ainda há de reinar. Esperemos.

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