sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Clarice

Os cultos leitores me perdoem a desavergonhada ignorância da confissão mas, salvo textos soltos de livros de escola, eu nunca tinha lido Clarice Lispector. Até hoje. E, não por coincidência, eu há tempos não tinha comido um livro como fiz. Comi, devorei.

Sentia falta, já há muito, de alguma coisa que não sabia o quê, já que minha vida é boa. A resposta veio do ato (quase) "desplanejado" de comprar essa compilação de crônicas. O que me faltava era isso, seja lá o que for, e me sinto de uma forma estranha (apesar de já conhecida) saciado. É bom ler Clarice e sua maestria de transformar nada ou qualquer coisa num espetáculo sem sequer usar pirotecnia. Uma habilidade comum aos grandes gênios e que realmente me prende. Três frases e você já está mergulhado, e só volta à tona quando acaba.

Vou ler de novo, devagar, agora pra saborear. Afinal, não é sempre que se descobre um tesouro sem o estar procurando.

PS.: Taís, não esqueço: você que me sugeriu ler alguma coisa não-acadêmica. Obrigado de novo! :)

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