sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

A saudade e os novos tempos

Houve um bom período - quase metade - do ano passado em que saudade (e suas inevitáveis consequências) era praticamente tudo que conseguia sentir. Foi um ano meio surreal e em metade dele eu simplesmente cumpri tarefas que me preencheram os dias e tentei digerir todas as novas informações, lugares, pessoas, fatos... A segunda metade de 2010 eu simplesmente esperei passar. A ideia era que, chegando as férias, eu voltaria a ter uma dose da minha "velha vida" e, portanto, conseguiria ficar calmo o bastante pra me acostumar a tudo, me localizar.

E assim foi, graças a Deus. Foram apenas onze dias, tudo passou muito rápido também, mas me pareceu que eles duraram mais do que os seis meses que os antecederam. Nesses onze dias eu voltei a viver, ao invés de apenas me assistir jogando o jogo da vida. Minha cidade, minha família, meus amigos e minha menina me ofereceram tudo e curaram da sensação de estar simplesmente correndo sem freio...

Estive me perguntando se ia me acostumar aqui, se minha vida era aqui, com essas novas pessoas que tenho conhecido, ou se era lá. Agora me parece que a pergunta não faz mais muito sentido. Minha vida está aqui e está lá.

Vinha me sentindo também meio, digamos... imprestável, vá lá. Sempre trabalhei ou estudei, mas não me sentia crescendo, produzindo. Agora estou estudando, tentando o direito de estudar ainda mais, e me sinto fazendo algo útil e até durmo mais tranquilo.

Está voltando uma sensação de paz comigo mesmo. Tudo vai bem.

PS.: Questão filosófica: "consequências inevitáveis" é pleonasmo? Se x é um fato e y é sua consequência, dado x, y fatalmente acontece? Ou há casos em que dado o fato x, pode-se planejar para que y não ocorra (ou seja, evitar as consequências, tornando o meu "inevitáveis" da expressão necessário apesar de estranho)? Será que eu tô estudando matemática demais? Enfim...

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