O jogo de abertura da Copa teve a cara do país.
Primeiro, o Neymar mostrando que, às vezes, é uma questão de jeito, e não de força. Depois, o Fred encarnando o "São Migué" e fazendo uma encenação que valeria um papel de destaque em qualquer pastelão mexicano, mas de novo, sendo tipicamente brasileiro: se a coisa tá feia, damos um jeito, mesmo que não seja o mais bonito (tanto do ponto de vista estético quanto do moral). No terceiro, o Oscar, que aliás acabou com o jogo ontem, usou muito talento, muita raça e o improviso (uma bicuda estilo Ronaldo Fenômeno contra a Turquia em 2002) pra fechar a conta.
Quanto ao gol contra do Marcelo? Esse representou a inclassíficável cerimônia de abertura que vimos horas antes do jogo: uma coisa tão tosca que só pode ter sido feita sem querer.
PS.: Salvou-se o pontapé inicial, que divulgou o trabalho do Miguel Nicolelis, cuja competência a gente que tem um pouquinho de curiosidade sobre ciência nesse país conhece já de outros verões. Que ele continue trabalhando e inspire o resto do país. Ainda existe seriedade nessa nossa gente.
Muito bem criticado. Adorei.
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