terça-feira, 29 de abril de 2014

Um grande amor do passado.

No começo da semana - vulgo "ontem" - foi anunciada oficialmente a compra da Nokia pela Microsoft. O que significa, entre outras coisas, que a marca Nokia em breve deixará de existir, dando lugar até mesmo nos celulares à da companhia estadunidense, como aconteceu no caso da pequena Ericsson, que foi comprada pela Sony nos áureos tempos pré-Android-vs-iOs-vs-WindowsPhonePelasBeiradas. Não sei se você já percebeu, mas não existem celulares Sony Ericsson há alguns anos no mercado.

Isso é uma coisa que é tão triste, mas tão triste, que eu sequer consegui encontrar em meu vasto vocabulário (só que não)  um advérbio de intensidade que fizesse jus. Sério mesmo. A Nokia sempre foi uma companhia simpática, que tinha sua sede na Finlândia, que me parece um país simpático (tenho mais empatia com a Finlândia que com os Estados Unidos, pelo menos) e além de todos esses relevantes, imparciais e cientificamente comprovados fatos há ainda o detalhe: os celulares Nokia sempre foram muito bons.

Tão bons, que o maior amor da minha vida em termos "celularísticos" é meu finado N78.

N78: S2, coraçãozinho, corassaum
O bichinho era, como diz minha namorada, muito-muito-muito-...-muito bom! Foi o único celular que tive com câmera com auto-foco que funcionava de verdade. Sério, funcionava! A bateria durava três dias! TRÊS DIAS inteiros! Desafio qualquer Galaxy SX, com X tendendo ao infinito, a ter uma bateria que dure três dias com eu jogando nele o tanto que eu jogava nesse N78. E eu jogava muito! Não tem tela de toque que seja mais confortável pra jogar do que esse direcionalzinho com "cima", "baixo", "direita", "esquerda" e "Ok" e as teclinhas laterais de navegação ou que o teclado numérico. Foram horas e horas com Real Soccer, Heroes Lore e outros joguinhos Java que acabavam com o tédio de qualquer sala de espera. Dias épicos.

Ah, e tinha WiFi! Essa bagaça tinha um processador de trezentos e poucos megahertz e dava conta dum sistema com uma câmera excelente, jogos, WiFi (vá lá que o navegador não era grandes coisas, admito) e todos esses cosméticos que se espera de um celular.

Infelizmente, a Nokia não soube se adaptar aos novos tempos e teve que se render. Mas tem um lugar especial no meu coração, foram muitas emoções, muitos anos de convivência. Espero comprar algum Lumia ainda esse ano. Claro que não vai ser por alguma homenagem ou esse tipo de bobeira, vai ser porque Android é um pé-no-saco e iOs é pra otário que dá 2000 reais num telefone rico. Enquanto isso, vou me virando com meu pequeno Asha que nunca me decepcionou. :)

Ps: Se você veio aqui atraído pelo título e esperando completamente outra coisa do post, pelo menos comenta aí embaixo pra que sua passagem não tenha sido em vão. ;)
Pps: Se você é algum tipo de ultra-nerd-alienígena que inventou um sistema operacional móvel que rode decentemente num aparelho com 300 Mhz de clock e 96 MB de RAM, como o Symbian funcionava, porém mais atual, me avise. De repente eu compro um N78 em algum lugar, se é que existe ainda.
Ppps: Se for mesmo o caso de você ser um ultra-nerd-alienígena, fique longe da Área 51. Só pra avisar mesmo.
Pppp.....s: Não tem Área 51 na Finlândia, que eu saiba. Fica a dica.

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Eu detesto aquele líquido preto e docinho e light.

O Zeca Baleiro é pra mim um compositor e intérprete interminável. Sua poesia e sua música são das poucas que ainda me dão orgulho de ser brasileiro, essa coisa cheia de ritmo, de significado, de talento e de nordeste. Curtam "Eu detesto Coca Light" no vídeo, letra riquíssima:



domingo, 13 de abril de 2014

Porta nova

Hoje em dia eu tenho um sorriso do qual me lembrar, logo cedinho, com a manhã; tenho cabelos os quais bagunçar, mesmo sob protestos.

Hoje em dia eu posso fazer as piadas de sempre e sei que você vai entender, que nem vou precisar me preocupar em explicar e arriscar tirar toda a glória do momento. Vai entender, e pior: você vai realmente achar graça!

Hoje em dia eu posso perder vergonhosamente pra você naqueles joguinhos de colar bolinhas da mesma cor, posso me divertir com sua impressionante dificuldade nos "meus" jogos e podemos morrer juntos no Bomberman, onde minha falta total de talento compensa sua pouca experiência e nos coloca praticamente no mesmo nível.

Posso assistir diversos animes e ter que te explicar de novo o que aconteceu há trinta episódios, porque você tava muito ocupada olhando suas unhas quando explicaram da primeira vez; posso tomar bronca pra ser mais cuidadoso com a casa e minhas coisas; podemos até mesmo não assistir ótimos filmes e documentários juntinhos, porque um dos dois cochilou nas melhores partes ou simplesmente ambos caímos em sono profundo o tempo todo, mesmo.

Podemos planejar noites longas e românticas, e também simplesmente apagar de cansaço muito antes de a noite merecer qualquer adjetivo sequer parecido com "longa", porque temos vidas ocupadas e cansativas.

Hoje posso muito mais coisas legais do que já podia quando estava sozinho e, de bônus, me sinto mais tranquilo.

Então, minha morena, muito obrigado por tornar meu mundo ainda maior, as possibilidades ainda mais numerosas, por fazer tudo parecer mais fácil.

Amo você. :)