sábado, 13 de abril de 2013

Teoria Ingênua da Dinâmica do Homem.

Imagine uma folha em branco. Agora imagina ela crescendo, suas bordas se expandindo muito, muito. Mas muito mesmo!
Uma folha do tamanho do mundo!

Chegou lá? Prossigamos:

Tem agora um ponto preto nessa folha. Imagina que você pode mover esse ponto com o olhar. O ponto vai andando, obedecendo ao seu comando a maior parte do tempo, mas eventualmente alguma força invisível e incontrolável altera a trajetória do seu avatar puntiforme e não há nada que você possa fazer, a não ser esperar que ele volte pro seu controle.

Observe seu ponto um pouco mais. Ande com ele pela folha, explore seu mundo, preste atenção.

Olha lá: tem mais um ponto. Ele se move numa trajetória que só eventualmente se encontra com a sua. É possível que esteja sob o olhar de uma outra pessoa, mas nunca vamos saber, nem podemos fazer nada sobre isso.

Tente acompanhá-lo um pouco. Você não pode adivinhar pra onde ele vai. Na verdade, não pode adivinhar pra onde "você" vai, pra começo de conversa. Como pode acompanhá-lo? Será que dá?

Agora são 7 bilhões de pontos! Cada um com sua própria trajetória, se movendo de como bem os apetece, às vezes só empurrados pelas "forças invisíveis e incontroláveis". Consegue ver a confusão?

E o nosso segundo ponto, ainda consegue saber onde ele está no meio disso tudo? Se te interessasse segui-lo, quão grande seriam o esforço e a paciência que você teria que ter pra conseguir essa companhia por algum tempo? E pelo resto da vida, então?

Essa é a metáfora. E talvez a explicação.

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