Imagine uma folha em branco. Agora imagina ela crescendo, suas bordas se expandindo muito, muito. Mas muito mesmo!
Uma folha do tamanho do mundo!
Chegou lá? Prossigamos:
Tem agora um ponto preto nessa folha. Imagina que você pode mover esse ponto com o olhar. O ponto vai andando, obedecendo ao seu comando a maior parte do tempo, mas eventualmente alguma força invisível e incontrolável altera a trajetória do seu avatar puntiforme e não há nada que você possa fazer, a não ser esperar que ele volte pro seu controle.
Observe seu ponto um pouco mais. Ande com ele pela folha, explore seu mundo, preste atenção.
Olha lá: tem mais um ponto. Ele se move numa trajetória que só eventualmente se encontra com a sua. É possível que esteja sob o olhar de uma outra pessoa, mas nunca vamos saber, nem podemos fazer nada sobre isso.
Tente acompanhá-lo um pouco. Você não pode adivinhar pra onde ele vai. Na verdade, não pode adivinhar pra onde "você" vai, pra começo de conversa. Como pode acompanhá-lo? Será que dá?
Agora são 7 bilhões de pontos! Cada um com sua própria trajetória, se movendo de como bem os apetece, às vezes só empurrados pelas "forças invisíveis e incontroláveis". Consegue ver a confusão?
E o nosso segundo ponto, ainda consegue saber onde ele está no meio disso tudo? Se te interessasse segui-lo, quão grande seriam o esforço e a paciência que você teria que ter pra conseguir essa companhia por algum tempo? E pelo resto da vida, então?
Essa é a metáfora. E talvez a explicação.
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