sábado, 6 de agosto de 2011

Do you speak internetish?

Eu não entendo mesmo o internetês e seus adeptos. Por exemplo, eles conseguem escrever "aqui" com cinco "a"s, três "q", dez "i"s e ainda um "y" no final que sequer sabe como foi parar ali, o coitado. Por outro lado, quando a gente percebe, numa conversa com esses seres, algum erro de ortografia realmente inaceitável e gentilmente o aponta, a resposta é: "Ah, foi mal. É que eu escrevi com pressa."

PRESSA?! Não creio, pequeno gafanhoto. Seria pressa, seu filho de uma pobre e envergonhada de sua prole senhora, se você não tivesse escrito seu próprio nome, aí em cima na tela, com uma letra maiúscula e uma minúscula intercaladamente. Se você não tivesse acrescentado oito vogais a ele e não tivesse escrito, entre seu primeiro e segundo nomes, uma underline E um espaço. Aí, eu acreditaria que você tem pressa. Se essas malditas borboletas, sóis, arrobas, carinhas felizes e caracteres do alfabeto cirílico não estivessem aí, eu creria de bom coração na sua pressa. Mas não me venha com essa, não!

Dá pra admitir que um adolescente\jovem\até adulto, vá lá... não escreva magnificamente, cometa deslizes às vezes, ainda que bem feios. O que não dá é errar e achar bonito. Ser analfabeto com orgulho, mesmo tendo oportunidade de não ser. Isso é que não dá pra admitir. Inventar uma mentira e acreditar nela, só porque é menos trabalhoso que resolver o problema.

Essa nossa cultura de exigir pouquíssimo e aceitar ainda menos que pouquíssimo vai acabar... bom, vai acabar dando merda! Com vinte "a"s e trinta exclamações.

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