Há pouco, revendo minhas postagens antigas (ou seja, todas, já que isso aqui tá bem abandonado) percebi um grave erro de minha parte: nunca, ou quase nunca, postei sobre jogos, eles que são tão fiéis companheiros de incontáveis horas, aventuras e viagens! Desfarei esse absurdo agora fazendo um singelo review do meu querido console portátil.
Senhoras e senhores, com vocês, o simpático Playstation Vita!
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Uma belezinha, não? |
Vou dividir minha análise em tópicos, porque assim... Neh, é só porque eu quero mesmo. :)
1. A voz do povo é a voz de Deus...
... e ela grita: "o PS Vita é um console sem jogos". E, comparando com os demais consoles de grandes empresas no mercado isso é uma grande e triste verdade. Mas isso tá começando a mudar esse segundo semestre, e nós já temos títulos lançados ou a caminho que podem elevar a biblioteca do Vita ao status de "respeitável", como por exemplo Uncharted: Golden Abyss, Muramasa Rebirth, Dragons Crown e Batman Arkham Origins Blackgate. Além disso, a quantidade de bons jogos de PSP e PSOne que rodam bem no Vita ajuda a diminuir esse probleminha.
Dois pecados graves é que ainda não temos nem previsão de quando e se veremos um Pro Evolution Soccer e um Monster Hunter exclusivos pro Vita, apesar de você poder baixar as versões PSP de ambos nas PS Stores de alguns países.
2. Funciona?
Maravilhosamente! Eu nem lembrava qual tinha sido a última vez que eu tinha comprado um gadget que entregasse tudo que prometia, sendo tudo fácil de usar, sem necessidade de muitos rodeios. No Vita, a única coisa com a qual eu tenho implicância é o aplicativo do facebook, que costuma dar umas travadas inexplicáveis. Fora isso, tudo roda liso, uma lindeza!
3. Por falar em aplicativos...
A Sony deixou claro que o Vita é, antes de mais nada, um dispositivo pra jogos. Mesmo assim, tem alguns programinhas bem feitos e úteis, como o TweetDeck (cliente para o Twitter), um app de sistema pra ver email inclusive com suporte a múltiplas contas, Youtube, Netflix, dois ou três apps de desenho, Google Maps e otras cositas más.
4. "Shut up and take my money"
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É, Fry, não tá fácil! |
diria Fry, diversas vezes, se tivesse um Vita. Isso significa duas coisas: primeiro, tem e tá sendo feita muita coisa boa pro console; segundo: é tudo um tanto caro. Vá lá que se você tem um console não destravado você gasta com ele tanto quanto gastaria com o Vita, mas a gente sabe que isso é raridade nesse nosso Brasil varonil, e o Vita ainda não tem destravamento, então ainda não é um console para os que têm carteiras não muito confiáveis.
O próprio console já não sai por menos de R$ 750,00, e ainda assim, só no mercado livre. Em lojas, menos de 1000 Dilmas não vão servir pra você conseguir um bichinho desses. Outra é que ele não serve de nada sem um cartão de memória e os cartões do Vita são de formato proprietário, até hoje nenhum chinês ninguém criou uma versão xing ling third party de cartão, então você vai ter que comprar os da Sony, que são absurdamente caros (nota: o Vita costuma vir com um cartão de 4 GB nos pacotes vendidos na maioria das lojas, mas isso é defintivamente muito pouco, você vai querer pelo menos 8 GB).
5. PSP + "Excalibur" + "Save the Queen" = PS Vita
O enigmático (menos pra quem já jogou Final Fantasy Tactics) título acima significa uma coisa muito simples: é muito mais maneiro jogar os jogos de PSP no Vita que no próprio PSP. A tela maior (mas não tanto que borre a imagem) é só a vantagem óbvia, ainda dá pra citar os tempos mais curtos de carregamento durante os jogos e o "pulo do gato": você pode usar o analógico direito no lugar de quase qualquer outro botão do PSP original. Esse último recurso é extremamente útil em particular no Monster Hunter, pra controlar a câmera sem precisar fazer a infame "garrinha".
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A milenar técnica da "garrinha" desenvolvida pra jogar MH no PSP |
No fim das contas, vale a pena?
Avaliando prós e contras, pra mim vale sim. Se fosse pra recomendar pra um amigo, por enquanto, eu diria que ainda é melhor pegar um PSP, porque é mais fácil ter acesso aos cartões de memória e aos jogos, e você não perde nada do que é vital num console portátil, mas o Vita tá se tornando cada vez mais atraente.
Eu não me arrependi nem por um segundo de ter comprado o meu (e lá se vai quase um ano e meio desde então) e tenho, como dá pra perceber pelo tom geral do texto, até certo orgulho dele.
Pronto, erro desfeito, vou ali jogar um pouco. Até mais ver!